Histórico

Iniciando suas atividades em setembro de 1990, o LAPMAR tem contribuído para gerar conhecimentos sobre as técnicas de reprodução e engorda de espécies nativas da costa brasileira, com o objetivo de desenvolver a piscicultura em nosso litoral. É o mais antigo laboratório desse gênero no país, dedicando-se à pesquisa, ao ensino e à extensão.

Na sua criação, além da própria UFSC e da Secretaria da Agricultura do Estado, o LAPMAR contou com o apoio de algumas instituições de suporte à pesquisa como CIRM (Comissão Interministerial para os Recursos do Mar), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e IFS (International Foundation for Science).

Em 1994 e 1995 a Fundação Banco do Brasil financiou um projeto que permitiu reformar e ampliar as instalações.

Entre 1998 e 2002, foi realizada uma cooperação com universidades canadenses (University of Victoria, Memorial University of Newfoundland e Malaspina University) e brasileiras (UFES, UFBA, UFRN e UFMA) no convênio denominado “Programa Brasileiro de Intercâmbio em Maricultura”, que permitiu uma série de avanços em todas as atividades desenvolvidas pelo laboratório.

Na criação do LAPMAR, foram eleitos como objeto de estudo os robalos (Centropomus undecimalis e Centropomus parallelus), peixes altamente valorizados no mercado brasileiro e internacional, de hábitos costeiros, e que se adaptam também em águas salobras e doces, de preferência tropicais.

Em 1993, iniciaram-se pesquisas com os linguados das espécies Paralichthys orbignyanus e Paralichthys patagonicus, que têm maior interesse no litoral sudeste/sul, estando mais adaptados para águas mais frias.

Recentemente, outras espécies também estão sendo objeto de estudo, para atender a demanda gerada pelo rápido crescimento da maricultura. Destacam-se as seguintes espécies: caranha (Lutjanus griseus), caranho-vermelho (Lutjanus analis), garoupa (Epinephelus marginatus) e badejo-branco (Mycteroperca microlepis).

A espécie cujo conhecimento encontra-se mais avançado é o robalo-peva, com domínio da tecnologia para reprodução e larvicultura.

A produção experimental de alevinos aumentou consideravelmente nos últimos anos, passando de 4.000 em 1994 para 134.000 em 2002. Atualmente, a produção, em escala experimental, é feita conforme a demanda, variando de 50.000 a 100.000 por ciclo. Ela possibilita o fornecimento para pequenos e médios aqüicultores e programas de repovoamento do ambiente natural.